Tuesday, November 06, 2007

 

Estrela da manhã

Olhava as estrelas falsas coladas em seu teto, como se ainda tivera 8 anos. Pensava em quando tinha 8 anos e não ia à praia a noite, ver as estrelas. Pensava em como agora que não precisava pedir permissão para ir à praia, não há mais praia. E não queria dormir, só olhar as estrelas. E mesmo que não houvesse lua, a noite se fazia clara em seu quarto, com milhões de estrelas a brilhar no seu falso céu.
Chegou a manhã e, com ela, mesmo as estrelas falsas param de brilhar. Pegou no sono para logo acordar e começar mais um dia de rotina. Sem praia. Sem estrelas. Só o sono. E a lembrança. E o trabalho.
E um sobrepõe o outro, numa luta férrea, onde só o mais forte sobrevive. Primeiro o tabalho ganha. Depois o Sono. A lembrança sempre perde.
E naquela noite não houve praia. Nem na noite seguinte.
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