Friday, October 19, 2007

 

O mundo

Fugiu da prisao que se tornava sua mente com um trabalho em que nao tinha que pensar. Trocou a prisao que se tornava sua vida aprisionando-se em si mesmo. E deixou sua vida fora de si, em piloto automatico até segunda ordem. E deixou o mundo do lado de fora, e o mundo o deixou de fora. E tentou se reintegrar ao mundo mas o mundo o empurrou, rechaçou e cuspiu longe.

Entao se encerrou cada vez mais em sua bolha até que sua bolha virou a si mesmo. Até que uma pequena flor nasceu em sua bolha e destruiu suas auto-defesas. Como uma erva-daninha, aquela pequena rosa sem espinhos subia por suas muralhas e o faziam ver o mundo.
E o mundo também voltou a vê-lo. As defesas caíram por terra e o rechaço virou abraço. Estava no mundo e o mundo em si. E se deu conta que o mundo nao era mais que sua mesmíssima bolha, compartilhada por outros. E aquela rosa é cultivada até hoje, se por acaso sua bolha se feche de novo.
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